No meu primeiro post sobre a escolinha acabei fazendo um
desabafo e não descrevendo como foi na prática. Como sei que algumas mamães
passam por aqui, descrevo agora o processo da Alice neste mundo novo.
Alice iniciou na escolinha no final de janeiro. Foram duas
semanas de adaptação. Na primeira semana, vai se aumentando o tempo pouco a
pouco, na segunda é integral, mas com a mãe de sobreaviso.
Ela iniciou em uma segunda, chegamos lá às 14hs, um pouco de
conversa e ela foi levada por uma das professoras para a sala da turma. Após
quase uma hora, fui convidada a ir na sala espiar a pequena. Claro que quando
ela me viu, pediu colo. Assim acabamos encerrando antes e indo para casa.
No segundo dia, ela deu uma chorada, me trouxeram ela, a
pequena mamou e voltou, completando uma hora e meia.
A partir dai foram 2 horas no terceiro dia, 3 horas no
quarto dia e na sexta foram 4 horas. Na segunda semana, ela já entrou no
horário normal (13hs) e ficou até 17h30. E na terceira semana ela passou a
ficar a carga integral (13hs às 18h45).
Posso dizer que adaptação foi muito tranquila, apenas uma
vez ela chorou, então eu fiquei muito tempo lendo e mexendo no celular enquanto
esperava. Pois sim, mamães, durante a adaptação tomamos um chá de cadeira,
então é bom ter com que se distrair.
No primeiro mês Alice adorou a escola, chegava batendo
palminha e se atirava no colo das meninas que recebem as crianças. A evolução
foi gritante, pois ela fica cada vez mais ligada, o que nos deixou tranquilos
quanto à decisão, pois era nítido o quando ela gostava da escolinha.
Mas agora em março houve uma mudança de comportamento. Ela
ficou resfriada pela primeira vez, o que gerou idas ao pediatra e na emergência
do hospital. Contando com o final de semana, foram cinco dias sem ir à escola.
No retorno, ela não queria mais ficar. E agora todo dia é uma briga para a
pequena ficar, ela se gruda na roupa da avó e não quer soltar.
Conforme a diretora, ela já criou consciência que ficará lá
sozinha, e claro que ela deseja ficar com a avó ou com a mãe. Quando ela vê os
outros bebês e brinquedos, se distrai. Mas eu estaria mentindo se afirmasse que
após essas reações eu fico de coração tranquilo. Pulgas saltitam atrás de
minhas orelhas e achar cabelo em ovo se torna muito fácil.
Minha conclusão de tudo isso? É que essa história de mulher
moderna, de ser profissional e mãe, não é nada fácil. Não nego que me questiono
todos os dias se essa vida dupla vale a pena.
Para quem não é mãe, não condene quem larga tudo para ficar
com o filho. Existem crianças que não se adaptam, e quem, em sã consciência,
vai querer deixar o seu bem mais precioso sofrendo o dia inteiro?